sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Falta de água no verão traz transtornos em vários locais do ES

(Fonte: A Gazeta)
Desde o início do ano, em várias partes do Estado, está mais difícil suportar as altas temperaturas desse verão por conta da falta de água. Além de prejudicar a rotina de moradores, os problemas no abastecimento estão espantando turistas e dando prejuízos as donos de restaurantes e pousadas do litoral.

Em Guarapari, há regiões em que o abastecimento está prejudicado há mais de seis dias. Moradora de Meaípe, Lilia Nunes precisou recorrer a vizinhos na hora do banho. "Nossas torneiras estão secas", diz.

Moradora de Belo Horizonte, Zélia Valadares, 65, tem um apartamento próximo à praia de Peracanga, na Enseada Azul. Lá o problema se repetiu. "A cidade não está preparada para receber tanta gente nesta época."

Em Guriri, São Mateus, Norte do Estado, também faltou água durante as festas de final de ano. E, segundo o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) da cidade, o problema pode continuar.

"O balneário recebeu uma população quatro vezes maior que o normal. Além disso, redes antigas de distribuição não têm diâmetro suficiente para suportar a pressão da água", explica Luiz Carlos Sossai, diretor do Saae de São Mateus.

Já em Marataízes, no Sul do Espírito Santo, alguns turistas até entregaram as casas que haviam alugado para passar o verão por conta da falta de água. O problema é antigo na localidade e agrava-se no verão. "Aluguei a casa em um dia e, no outro, quando o senhor veio com a mudança, logo pediu o dinheiro de volta. Não tinha água na residência", disse o pedreiro Lidinei Ferreira, 47 anos, que teve que desfazer o negócio.

O Serviço de Abastecimento de Água e Esgoto (Saae) informou que o sistema de abastecimento trabalha com capacidade máxima para atender a toda região de Marataízes, onde o número de turistas é muito grande nesta época do ano, e que, devido a isso, a tendência é diminuir o consumo nos próximos dias e normalizar o abastecimento.

Grande Vitória

Na Serra, em Balneário de Carapebus, várias residências estão sendo abastecidas por carros-pipa. Parte do bairro está sem água desde 17 de dezembro. "A pouca água que chega não tem pressão para chegar à caixa-d’água. Só temos água quando o carro-pipa aparece, duas vezes por semana", reclama a aposentada Gilda da Silva, 44 anos.

Há dez dias, a falta de água também atinge Nova Almeida, principalmente os bairros mais distantes da rede de abastecimento, como Serramar e Parque das Gaivotas.

"A situação só melhorou no réveillon, mas ainda não foi totalmente normalizada, ainda falta água em alguns horários", reclama Jackson Gomes da Silva, líder comunitário de Nova Almeida.

Ontem, também faltou água em bairros de Vila Velha e Cariacica. Segundo a Cesan, o fornecimento foi suspenso para a realização de obras de setorização do abastecimento nesses municípios. No entanto, a companhia garantiu que os moradores foram avisados e a falta de água durou poucas horas.

Cesan alega aumento no consumo

A Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan) informou que o fornecimento de água já foi normalizado em Enseada Azul e Nova Guarapari, em Guarapari. De acordo com a companhia, a falta de água ocorreu devido ao aumento do número de usuários na região durante as festas de final de ano. 

A diretora de Operação Metropolitana da Cesan, Sandra Sily, também explicou que muitos imóveis não contam com reservatórios de tamanho suficiente para suportar a falta de água por períodos de até 24 horas. A Cesan também informou que apenas o bairro Condados de Meaípe, em Guarapari, continua sem água devido a um vazamento na rede de abastecimento.

Já em Balneário Carapebus, na Serra, o abastecimento foi prejudicado porque há muitas ligações clandestinas, e a rede não foi dimensionada para atender a tantas residências. Já em Vila Nova de Colares e Nova Almeida, o problema foi causado por defeitos no sistema de bombeamento. Segundo Sandra Sily, o problema foi solucionado, e o abastecimento está sendo reequilibrado para evitar novos transtornos.

Fonte: A Gazeta

NOTA: Mais uma prova de que a campanha feita pelo Governo do Espírito Santo para incentivar o turismo em nosso estado torna-se inútil diante de problemas tão elementares, mas que acabam espantando nossos turistas e trazendo uma péssima imagem para nós capixabas. Quanto à boa parte das alegações feitas pelos SAAE's e CESAN, apenas provam a incompetência gerencial e operacional em lidar com a situação de descompasso entre demanda e oferta no período de verão. Ora, se a população aumenta muito nesta época do ano, por que não dimensionar a rede de captação, tratamento e abastecimento de água visando o pico de demanda do período? É claro que os moradores devem fazer a sua parte evitando o desperdício, fazendo reservatórios de água de dimensão suficiente para suportar longos períodos sem abastecimento e evitando ligações clandestinas, mas fica claro o despreparo dos serviços de abastecimento de água em lidar com essa situação.

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